Data Center: o coração das cidades Inteligentes
Josué de Menezes segunda-feira, 15 de abril de 2019
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Campinas tem todas as condições para recepcionar o IDCA.
Eis aí uma sigla poderosa de reconhecimento mundial quando o assunto são Cidades Inteligentes. IDCA - Internacional Data Center Authority.
Essa autoridade está relacionada a um padrão de certificação reconhecido internacionalmente.
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O Brasil já possui um plano nacional de IoT. O desafio agora é criar ambiente para modelar e adequar legislações para facilitar processos de gestão integrada em nível municipal. Segundo o BID, Campinas tem o potencial de ser a cidade modelo que será uma vitrine viva em smart city para o país
Para o IDCA, um Data Center é a infraestrutura que suporta o Ecossistema de Aplicação ou Application Ecosystem (AE). Portanto, é a “batida do coração” das estruturas atuais e futuras, é onde são armazenados e processados os dados e informações gerados por empresas, pessoas e cidades.
“Assim, um Data Center é uma mistura de arte, ciência, tecnologia e inovação entre disciplinas e plataformas e, consequentemente, está no centro do contexto da 4ª Revolução Industrial e do advento das Cidades Inteligentes. Esse é um mundo extremamente complexo e instigante.”, explica Wilson Laia, executivo do IDCA - International Data Center Authority, responsável pelas iniciativas de internacionalização Brasil-Portugal e países de língua luso, incluindo países latino americanos.
Considerada a Silicon Valley brasileira, Campinas aguarda a oportunidade de receber um “Blue Data Center” do IDCA - o que alçará a cidade ao topo do mundo dos negócios em TI, consolidando sua posição como vitrine brasileira das tecnologias digitais e berço do desenvolvimento do estado e do país.
Essa condição irá atrair a atenção de grandes players do mercado. Este é o cenário que Laia faz questão de desenhar, comprovando a fama de cidade tecnológica que Campinas detém junto à comunidade científica internacional, especializada neste campo.
Quando falamos em cidades inteligentes estamos nos referindo a uma visão de eficiência energética em várias dimensões, ao interligar sistemas de mobilidade urbana, segurança, saúde, energia, educação, dentre outros.
Para colocar a engrenagem de inteligência digital para rodar, a presença de Data Centers de última geração e de reconhecimento global é fundamental, justamente por ser o local onde se dá o processamento dos dados coletados por milhões de sensores que serão espalhados nas cidades do futuro.
Os típicos desafios dos Data Centers são: Disponibilidade, Atualização, Segurança, Confiabilidade, Modularidade, Rápida Distribuição, Flexibilidade e Custo para garantir a eficácia e eficiência para rodar infinitas aplicações de clientes de grande porte, como Facebook, Google, Amazon, LinkedIn, dentre outros.

IDCA busca cidade para ser o laboratório - área de testes e avaliações de modelos
O objetivo é preparar o ambiente da cidade para abrigar um Data Center modelo em nível nacional. Será o primeiro dos seis que o IDCA planeja instalar e operar no Brasil.
No entanto, com a 4ª Revolução Industrial, o volume de dados e informações geradas diariamente em todo o mundo é gigantesco e mesmo os modelos de “cloud computing” atuais não foram concebidos para um volume tão grande. Assim, o conceito de Edge Computing ou Computação de Borda vem crescendo em todo o mundo.
Com o advento da IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas), bilhões de dispositivos estarão conectados à Internet, a exemplo de carros, semáforos, câmeras, luminárias, eletrodomésticos, o agronegócio, enfim, praticamente todas as coisas que fazem parte ativa das nossas vidas cotidianas.
As próprias cidades serão ambientes onde os cidadãos terão acesso às mais diversas camadas de informações públicas e privadas. Estes conteúdos serão processados para criar aplicações de inteligência, novos produtos e serviços.
O primeiro gargalo da conectividade já começa a ser solucionado pelas operadoras de telefonia, através do Edge Computing, além de outras empresas que proveem conexões por fibras ópticas.
Quando essas infraestruturas são interligadas, o sonho das Smart Cities passa a ser real.
Outro conceito importante é a redundância, que tem tudo a ver com segurança. É necessário espelhar, ou duplicar, os dados, de forma a evitar a perda de informações.

A estrutura de Data Center é robusta e envolve grande demanda de capacitação
Mas além dos investimentos em infraestrutura física para que os Data Centers deste porte sejam implementados e passem a operar com eficiência, será necessário um grande número de profissionais altamente especializados.
"Na realidade, esse assunto é estratégico em nível nacional, devendo envolver um amplo plano de capacitação para formar profissionais que vão interagir nas várias camadas dos Blue Data centers, tais como: Profissionais de Rede, Storage, Engenheiros de Sistemas, Telecomunicações, Engenheiros Eletricistas, Mecânicos e Civis, Arquitetos, Especialistas de Software e Aplicação, Virtualização, Cabeamento, Segurança Lógica e Patrimonial, Vendas, Financeiro, Marketing, Recursos Humanos e os chamados C-Levels, além dos Gestores Públicos", complementa Laia.
Essa visão considera toda a cadeia de Tecnologia Informação e Comunicação (TIC).
A missão do IDCA é simplificar, estruturar, educar e orientar as nações de todo o mundo quanto aos caminhos da transformação digital. O foco principal do IDCA é ajudar na padronização da abordagem, seleção, projeto, viabilidade, operação e vários processos e metodologias em termos de Nuvem, Data Centers, IA - Inteligência Artificial, Big Data, IoT e Tecnologia da Informação.
A relação de clientes da empresa americana não deixa sombra de dúvidas quanto ao seu expertise: Facebook, Apple, Microsoft, Amazon, Google, LinkedIn e outras gigantes do mundo digital.
O cenário é justamente atender a demanda de um mercado continental em franca ascensão.
"Campinas está no radar para tornar-se a primeira cidade na América Latina para implementar um Blue Data Center do IDCA, que fará parte da Primeira Corporate Universal Cloud ou Nuvem Universal Corporativa, e que poderá contribuir para a criação das Cidades Inteligentes no Brasil", revela Laia.
O estudo que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) subsidiou em Campinas, confirma essa visão. A consolidação do Plano Estratégico de Transformação Digital de Campinas sinaliza que existe ambiente para acolher um projeto dessa envergadura, que pode ser comparado ao impacto que o Aeroporto Internacional de Viracopos teve para o setor logístico da região.
Muito além das questões tecnológicas, esse assunto é cultural.
No entanto, quando falamos da nova geração de Data Centers, nos referimos a um mundo de especializações e parametrizações que envolve legislações e homologações específicas, além da preparação de profissionais altamente capacitados.
De um lado, o sonho de transformação digital e, de outro, os desafios para romper barreiras culturais que têm como a maior vilã a burocracia que emperra os processos e faz com que qualquer mudança nas cidades seja algo extremamente complexo.
Tudo isso reforça a atuação da Rede Mercados do Futuro em criar e ativar redes de inovação, essenciais para preparar o ambiente das cidades para esta transformação digital.
"Encontramos na startup da Rede Mercados do Futuro o ambiente adequado para ativar o networking e dar vazão aos conteúdos de capacitação dessa nova cultura que é a base do ecossistema digital de inovação”, confirma Carlos Beltrão, co-idealizador da Supercity, marca conceito que tem como missão viabilizar iniciativas de integração da inteligência das pessoas à inteligência das ferramentas presentes nas cidades inteligentes - transformando não apenas o cenário visível e físico, mas também o sensorial e de desenvolvimento humano.
A formação de gestores netweavers (tecelões de redes) é essencial neste novo cenário.
A startup da Rede Mercados do Futuro está pronta para atender demandas de criação de estratégias e formação deste profissional, um dos personagens em ação no Vale do Silício. Trata-se de um estrategista de negócios que conhece profundamente os ecossistemas de inovação e novos modelos de negócios.
A geração de conteúdos qualificados deve estar conectada às ferramentas para impulsionar e fazer rodar os hubs de cultura digital, ambientes para prover o nivelamento do entendimento de negócios da Nova Economia.
A IMA, Informática dos Municípios Associados tem a vocação para encubar a startup Mercados do Futuro, projeto que tem como proposta central justamente irradiar a cultura digital de forma holística.

A Missão de Wilson Laia é oferecer ao fundo de investimento subsídios para que os recursos sejam aportados para a criação de uma infraestrutura de data center
A validação de processos de gestão pública também é necessária. A metodologia de Futures Thinking aliada ao Jornalismo Digital fez sentido para o grupo de analistas do fundo de investimentos envolvidos no processo de validação dos modelos de negócio associados ao desenvolvimento da Rede Mercados do Futuro.
Neste momento, a questão educacional relacionada à cultura digital é um dos elementos de maior relevância para se pensar as cidades inteligentes.
Análise de Riscos
No que tange às Cidades Inteligentes, uma das grandes barreiras a ser transposta são os “silos digitais”.
O conceito de silos digitais refere-se ao emaranhado desconexo de sistemas e subsistemas que simplesmente não “conversam” entre si, configurando-se verdadeiros tanques de dados, ilhados no contexto da gestão pública.
Uma cidade inteligente deve integrar aplicações, otimizando o processamento de dados e de informações para atender demandas de educação, assistência médica, segurança pública, mobilidade urbana, abastecimento de água e energia, meio ambiente, resíduos sólidos urbanos, etc.
Nesse cenário, a digitalização é resultado da aplicação da tecnologia, mas a inteligência está em como utilizar a tecnologia através de um planejamento integrado.
Será necessário desenhar um novo modelo de gestão pública integrada. É justamente este papel que o IDCA irá desempenhar na implementação dos Blue Data Centers, adequando-os à infraestrutura das cidades e regiões onde forem implementados, promovendo a melhoria necessária da referida infraestrutura junto ao setor público.
Algumas possibilidades para implementar o Data Center já estão se apresentando, inclusive vindas de universidades.
Na realidade, o sistema de gestão da administração pública adotado até então no Brasil está longe de conseguir prover serviços públicos de maneira eficiente para atender demandas integradas envolvendo os serviços de atendimento à população.
Por esta razão, essa decisão é estratégica justamente por ser a base de modelos legais para as cidades do futuro no Brasil.
Aplicações desconexas geram custos altíssimos. A cooperação entre as aplicações deve imperar para que a cidade passe ao patamar de inteligente.
Quando falamos em gestão e análise avançada da informação, é fundamental que as soluções adotem o conceito dos Sistemas de Informação Geográfica (GIS na sigla em inglês, abreviação para Geographic Information System).
Com essa visão podem surgir os "Bairros Inteligentes", modelo de gestão que privilegia a integração e o provimento de serviços considerando vocações dentro de contexto geográfico.
Este cenário aponta para a necessidade de desburocratizar a máquina pública a um novo padrão de gestão que considere as regiões (bairros) e não apenas os municípios.

Os Sistemas de Informação Geográfica permitem a organização, armazenamento, manipulação, análise e modelagem de grandes quantidades de dados relacionados a uma referência espacial.
Esse sistema captura e processa aspectos socioculturais, econômicos e ambientais para contribuir para a tomada de decisões mais assertivas e efetivas, sonho de qualquer prefeito.
Com essa visão, a governança das cidades inteligentes propicia a integração de diversas aplicações para maximizar resultados.
Integrar a população neste contexto é um desafio, que por sinal, está no centro do Plano Estratégico de Transformação Digital de Campinas.
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