O destaque do último fim de semana recaiu sobre as polêmicas arbitragens no decorrer do Brasileirão. Corinthians, São Paulo, Cruzeiro e Sport se viram às voltas com decisões questionáveis durante a segunda rodada do campeonato. Esta questão, infelizmente recorrente no futebol nacional, parece longe de encontrar solução. Mas qual é a conexão entre tudo isso e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues?
A resposta está na origem do problema. Recentemente, a Revista Piauí trouxe à tona revelações de irregularidades envolvendo o dirigente, que vão desde desvios de verbas da entidade para benefício próprio e de seus familiares. Durante a Copa no Catar, por exemplo, Rodrigues incluiu as despesas de sua esposa, filha, cunhada, genro e netos na conta da CBF. 'Comadres' viajaram em primeira classe e receberam cartões corporativos para gastos diários de até 500 dólares (cerca de 2,5 mil reais), tudo pago pela entidade máxima do futebol brasileiro.
Diante desse cenário, mesmo com um orçamento bilionário à disposição, parte dos recursos destinados à formação de árbitros foi cortada. Embora chocante, essa realidade, infelizmente, não surpreende em um país marcado por escândalos. A segunda rodada do Brasileirão 2025 ilustra de forma clara o descaso corrupto de Ednaldo Rodrigues. No ano anterior, 110 juízes foram afastados por erros técnicos.
E, como é característico dos indivíduos de caráter duvidoso, é crucial desviar a atenção da população dos malfeitos cometidos. Temas irrelevantes, como a discussão sobre punições por pequenas infrações em uma final praticamente decidida e acalorada, de repente, ganham destaque. Uma coincidência intrigante, não é mesmo?
O estrago é duplo. Não apenas o futebol brasileiro sofre estruturalmente com os desvios do seu principal representante, mas também perde em termos esportivos e culturais pela tentativa de encobrir os interesses escusos do presidente.
O futebol nacional definha sob a gestão de Ednaldo Rodrigues. Resta-nos um verdadeiro milagre até 2030 para vislumbrar a possibilidade de ressurgimento.