No decorrer da segunda rodada do Brasileirão, não apenas os jogos agitaram a competição, mas os erros de arbitragem também se destacaram, causando controvérsias e indignação entre torcedores, jogadores e dirigentes, mesmo com a implementação do VAR. A falta de critérios e profissionalismo mais uma vez veio à tona, despertando discussões acaloradas.
Dentre inúmeros lances questionáveis, três partidas se destacaram pelos protestos intensos. O SportBuzz traz todos os detalhes para você!
Em Belo Horizonte, dois momentos específicos geraram revolta entre os torcedores do São Paulo. O primeiro ocorreu no final do primeiro tempo, quando Lyanco, já punido com um cartão amarelo, realizou um entrada dura em Ferraresi. A opinião unânime dos jogadores, torcedores, comissão técnica do Tricolor e da maioria dos especialistas em arbitragem foi que o lance deveria ter resultado no segundo cartão amarelo e, consequentemente, na expulsão do jogador. No entanto, Ramon Abatti Abel optou por marcar apenas a falta, deixando de lado o cartão, o que gerou indignação e resultou na expulsão do técnico Zubeldía, após protestos.
“Para um jogador que já está pendurado com um cartão amarelo, a entrada foi temerária (em Ferraresi), com a sola da chuteira. O árbitro falhou ao não expulsar o jogador”, afirmou PC Oliveira, comentarista de arbitragem do Sportv.
No segundo tempo, surgiu outra polêmica: Calleri, com apenas 13 minutos em campo, recebeu cartão vermelho por uma cotovelada no rosto de Júnior Alonso. Inicialmente, o juiz mostrou apenas o amarelo, porém, após revisão no VAR, mudou sua decisão. Enquanto uma parte da torcida do São Paulo achou que o amarelo seria suficiente, outros consideraram o lance passível de interpretação e acreditam que o árbitro de vídeo não deveria ter interferido.
Aos 20 minutos do primeiro tempo, em uma jogada envolvendo Wesley, atacante do Internacional, e os jogadores Jonathan e Kaiki, ocorreu um momento crucial. O árbitro Marcelo de Lima Henrique assinalou falta fora da área e expulsou Jonathan diretamente, o que gerou revolta por parte da equipe mineira, mas a decisão foi mantida e teve impacto direto no desfecho da partida.
“O futebol é um esporte de contato físico. Avaliei a jogada por diferentes ângulos. Em nenhum momento houve uma atitude antidesportiva. É um contato absolutamente comum. Em velocidade normal, esse lance não seria considerado falta. Para mim, foi um erro claro”, analisou PC Oliveira.
Por fim, o Palmeiras saiu vitorioso no confronto contra o Sport, na Ilha do Retiro, pelo Brasileirão, com dois gols de pênalti. No entanto, foi o segundo pênalti marcado que causou revolta no time Leão. Veiga se chocou com Matheus Alexandre, que tocou na bola e impediu a progressão do meia palmeirense, levando-o ao chão. Apesar de nenhum dos jogadores reclamarem de pênalti, o árbitro assinalou a penalidade, o que, na visão de PC Oliveira, foi um equívoco evidente:
“Aquilo não foi um pênalti. Matheus Alexandre foi na bola, a tocou e não prosseguiu com qualquer movimento para derrubar Veiga. Foi apenas uma sequência do lance em que ele claramente tocou na bola. Não houve uma ação adicional. Foi apenas um toque na bola; em seguida, houve um contato que faz parte da ação do jogador que tocou inicialmente. (Veiga) parou de correr, dobrando o joelho, deslocando o pé e caindo no chão.”
“A análise do VAR, inicialmente, estava correta: houve um contato com a bola, seguido por um contato mínimo e, posteriormente, Veiga deslizou. Ele estava seguindo uma interpretação diferente da decisão tomada em campo. De repente, acabou procurando um contato inexistente e reforçando uma decisão equivocada”, completou o comentarista.