O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, tem se manifestado a favor do retorno dos motores V10 à Fórmula 1. Apesar do novo regulamento de motores previsto para 2026, com validade até 2030, Ben Sulayem pressiona para que a mudança ocorra já em 2028 ou 2029.
Para que a proposta seja aprovada, é necessário o apoio de quatro dos cinco fabricantes de motores presentes na categoria a partir de 2026: Mercedes, Ferrari, Honda, Audi e Red Bull Powertrains (com apoio da Ford).
Atualmente, Audi e Honda já se posicionaram a favor do regulamento de 2026, que prevê motores turbo híbridos com aumento da potência elétrica em até 50% e uso de combustíveis sustentáveis. A Honda, que cogitou deixar a F1, reiterou seu apoio aos motores híbridos, mas aguarda mais informações antes de decidir sobre os V10.
Enquanto isso, Mercedes demonstra abertura para discutir novas fórmulas de motores, desde que mantenham um componente híbrido. Contudo, a oposição da Honda e da Audi já pode ser suficiente para barrar a proposta. Com a Mercedes também contra o abandono dos híbridos, a ideia enfrenta resistência.
Os fabricantes terão uma reunião com a FIA durante o GP do Bahrein para debater o futuro das unidades de potência. A entidade espera obter um posicionamento claro sobre os próximos passos do campeonato.
Ben Sulayem indica que o uso de combustíveis sustentáveis poderá abrir caminho para o retorno dos motores barulhentos e de alta rotação, reduzindo as emissões de carbono significativamente. Os motores V10, que marcaram os anos 1990 até 2005 na F1, despertam nostalgia em parte dos fãs e dividem opiniões sobre seu retorno.