A premiação da Bola de Ouro, oferecida pela revista France Football, é um dos mais respeitados reconhecimentos individuais no mundo do futebol. Desde a introdução da categoria feminina em 2018, várias atletas foram agraciadas por seu desempenho excepcional. No entanto, a maioria dessas jogadoras está vinculada a clubes europeus, evidenciando a predominância de recursos e exposição no continente.
Explorando a trajetória das jogadoras que venceram a Bola de Ouro e decidiram seguir suas carreiras fora da Europa, podemos analisar quem são essas atletas, onde estão atuando atualmente e qual é o impacto de suas escolhas no panorama do futebol feminino em nível global.
Desde a criação da Bola de Ouro feminina em 2018, apenas uma jogadora conseguiu o prêmio enquanto jogava fora da Europa: Megan Rapinoe. Em 2019, Rapinoe, jogando pelo OL Reign na National Women's Soccer League (NWSL) dos Estados Unidos, foi reconhecida como a melhor do mundo. Sua performance destacada na Copa do Mundo Feminina da FIFA naquele ano, liderando a seleção dos EUA para a vitória, foi fundamental para sua conquista.
A vitória de Rapinoe quebrou a hegemonia europeia na premiação e evidenciou a qualidade do futebol praticado em outras regiões além da Europa. Seu triunfo permanece como um momento marcante na história da Bola de Ouro feminina.
Megan Rapinoe optou por manter sua carreira nos Estados Unidos após receber a Bola de Ouro. Continuou representando o OL Reign na NWSL, contribuindo significativamente para o crescimento e reconhecimento da liga americana. Além disso, permaneceu como uma figura proeminente na equipe nacional dos EUA, participando de competições internacionais e sendo uma voz ativa em questões sociais e de igualdade no esporte.
Sua decisão de permanecer fora da Europa destaca a relevância e o potencial das ligas femininas em outros continentes, especialmente na América do Norte.
Até o momento, Megan Rapinoe é a única vencedora da Bola de Ouro feminina que estava atuando fora da Europa no momento da premiação. Outras premiadas, como Ada Hegerberg, Alexia Putellas e Aitana Bonmatí, conquistaram o prêmio enquanto jogavam por clubes europeus, em particular o Lyon e o Barcelona.
Não há registro de vencedoras que tenham se transferido para clubes fora da Europa após receberem a Bola de Ouro. Isso ressalta a concentração de talentos e recursos no futebol feminino europeu.
A Europa é o centro dos principais clubes e campeonatos de futebol feminino, oferecendo uma infraestrutura, visibilidade e competitividade superiores. Times como Barcelona, Lyon e Chelsea investem pesadamente em suas equipes femininas, atraindo e desenvolvendo talentos excepcionais.
Além disso, competições europeias como a Liga dos Campeões Feminina da UEFA proporcionam uma plataforma global para as jogadoras, aumentando suas chances de reconhecimento em premiações como a Bola de Ouro.
A presença de jogadoras premiadas atuando fora da Europa, como Megan Rapinoe, contribui para fortalecer e valorizar as ligas em outros continentes. Isso pode estimular investimentos, melhorar a infraestrutura e aumentar a visibilidade do futebol feminino em regiões como América do Norte, Ásia e América do Sul.
Essas jogadoras também servem como exemplos e fonte de inspiração para atletas locais, impulsionando o crescimento do esporte e ampliando sua influência global.
Com a expansão do futebol feminino em todo o mundo, é possível que mais jogadoras de destaque optem por atuar fora da Europa, seja por razões financeiras, desafios esportivos ou motivos pessoais. Ligas como a NWSL nos Estados Unidos e a WE League no Japão têm buscado atrair talentos internacionais, oferecendo alternativas competitivas ao futebol europeu.
Se essa tendência persistir, é provável que testemunhemos um aumento no número de jogadoras premiadas atuando fora da Europa, enriquecendo o cenário do futebol feminino em escala global.