O acordo que estava encaminhado entre Carlo Ancelotti e a CBF para que o italiano assumisse o comando da Seleção Brasileira chegou ao fim após um impasse decisivo com o Real Madrid. Apesar do acerto verbal com a Confederação Brasileira, o clube espanhol se recusou a arcar com a multa rescisória exigida por Ancelotti para deixar o cargo antes do fim do contrato, que vai até junho de 2026.
Ciente da intenção do técnico de assumir o Brasil, o presidente Florentino Pérez não aceitou a saída mediante pagamento de indenização, exigindo que Ancelotti abrisse mão da multa para ser liberado. Diante da negativa, a CBF decidiu encerrar as tratativas.
A decisão do Real Madrid de se antecipar e desligar Ancelotti ao fim da temporada foi influenciada pelos maus resultados em 2024. A eliminação precoce na UEFA Champions League e a derrota para o Barcelona na Copa do Rei pesaram, assim como a possibilidade de encerrar a temporada sem títulos, caso não consiga tirar a vantagem de quatro pontos do Barça nas últimas cinco rodadas de LALIGA.
Sem Ancelotti, o nome que ganha força na entidade é o do português Jorge Jesus, que está de saída do Al-Hilal, da Arábia Saudita. O treinador, que conquistou títulos no Flamengo e mantém bom relacionamento com jogadores brasileiros, é o novo favorito para assumir a Seleção Brasileira.
Enquanto define o novo comandante, a CBF precisa enviar à FIFA a lista prévia de jogadores convocados para a próxima Data Fifa até o dia 18 de maio. Os compromissos da Seleção incluem os duelos contra o Equador, fora de casa, no dia 5 de junho, e contra o Paraguai, em São Paulo, no dia 10.
A lista inicial será elaborada por Rodrigo Caetano, coordenador de seleções, e Juan, gerente técnico. A convocação final com os 23 nomes deve ser anunciada pelo novo treinador, uma exigência do presidente Ednaldo Rodrigues, ainda que isso ocorra após o encerramento do Campeonato Espanhol, a partir do dia 26 de maio.
