A partida entre Palmeiras e Corinthians, ocorrida na Arena Barueri no último sábado (13), teve um episódio lamentável de ofensas homofóbicas por parte de torcedores palmeirenses contra Ángel Romero, atacante do Corinthians. O árbitro Rafael Rodrigo Klein, em adendo publicado nesta terça-feira (15), informou que tomou conhecimento das ofensas um dia após o jogo, através da imprensa. Os cânticos preconceituosos foram direcionados a Romero durante o aquecimento das equipes, antes do início da partida.
No relatório complementar, Klein ressaltou que, por estar no vestiário naquele momento, ele e sua equipe não testemunharam as ofensas e que nenhum membro do Corinthians relatou o incidente durante o jogo. Romero respondeu às provocações dos torcedores durante o aquecimento, simulando o gesto de levantar um troféu em referência à final do Paulistão conquistada pelo Corinthians sobre o Palmeiras neste ano.
Na zona mista, Romero criticou a postura da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e expressou sua indignação com a recorrência de atos preconceituosos nos estádios. O jogador cobrou uma posição mais firme em relação às ofensas.
O Palmeiras emitiu uma nota oficial repudiando veementemente as ofensas de seus torcedores e reafirmou seu compromisso no combate à discriminação tanto dentro quanto fora de campo. O clube salientou que promove campanhas de conscientização e busca punições mais rigorosas para coibir práticas inaceitáveis, como homofobia, racismo e xenofobia.
O incidente suscita debates sobre a punição de comportamentos homofóbicos nos estádios, visto que, anteriormente, o Corinthians foi punido por atos semelhantes de sua torcida. Em 2023, o clube precisou jogar sem público após gritos homofóbicos contra o São Paulo. Estas situações ressaltam a importância de medidas concretas contra todas as formas de discriminação no ambiente esportivo.