Produções audiovisuais têm desempenhado um papel fundamental na revitalização da percepção pública dos atletas. Um exemplo notável é a aclamada série The Last Dance, que mergulhou no universo de Michael Jordan, oferecendo não apenas um retrato histórico do esporte, mas também uma visão mais profunda do ídolo.
Fruto da colaboração entre a ESPN e a Netflix, The Last Dance jogou luz sobre a faceta competitiva, obsessiva e humana de Michael Jordan. O documentário expôs os aspectos conflituosos de sua liderança, revelando bastidores antes não captados pela mídia da época. Esse retrato mais completo resultou em uma reavaliação da figura pública do jogador, que passou a ser percebido de forma mais complexa e multifacetada.
Além disso, obras como Drive to Survive, focada na Fórmula 1, e Break Point, sobre o tênis, têm proporcionado ao público acesso privilegiado às rotinas, pressões e desafios enfrentados pelos atletas. Essa abordagem mais intimista humaniza as figuras esportivas, gerando empatia e transformando a experiência de consumo esportivo em algo profundamente emocional.
Essas produções estão redefinindo a maneira como os torcedores se relacionam com o esporte. Em vez de se limitarem a apoiar times ou nações, os fãs se conectam cada vez mais às narrativas pessoais de superação. A imagem do atleta como um ídolo distante e impecável dá lugar a um personagem com nuances, enfrentando desafios, lidando com falhas e buscando redenção.
Um exemplo concreto desse impacto foi o aumento significativo de audiência da Fórmula 1 nos Estados Unidos após o lançamento de Drive to Survive. Isso evidencia que o formato documental pode ser uma ferramenta poderosa para atrair novos públicos, superando as transmissões esportivas tradicionais.
